Artista multimeios, músico experimental e pensador, Guilherme Vaz foi um dos pioneiros da Arte Sonora e um dos responsáveis pela introdução da Música Concreta no cinema brasileiro.

Num encontro que durou uma tarde inteira, conversamos sobre seu processo de formação em Brasília e na Bahia, entre 1960-66, sua chegada no Rio de Janeiro num momento de efervescência e suas novas pesquisas. Foi abordada, também, sua participação na fundação da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e os concertos na sala “Corpo Som”, da exposição Information em Nova Iorque e da polêmica exposição na Petite Galerie, no Rio de Janeiro em 1973.

Conversamos sobre sua participação pioneira no tratamento experimental do som e da imagem realizado para o filme “Fome de Amor” de Nelson Pereira dos Santos, que ganhou o Prêmio de Melhor Trilha Sonora do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 1968.

“Cansado do formalismo da arte conceitual”, vai viver por 8 anos com a tribo indígena Gavião, em Rondônia. Conta como a experiência influenciou seu trabalho e apresenta o livro “Sinfonia das Águas” de 2001 que, segundo ele, “recoleciona algumas das conjunções sonoras mais profundas, arcaicas e significantes do meio central da América do Sul”.

Além de apresentar seu trabalho e percurso, Guilherme falou sobre o que entende por “arte sonora”, como vê o ensino de arte e qual a “importância do ângulo aberto”, das “formações virtuais do tempo” e “as esferas”, se mostrando um pensador singular.

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