Ativações
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SESSÃO DE VÍDEOS Arte Sonora Ano 15

A sessão será voltada para os trabalhos sonoros que têm o vídeo como suporte, e ocorrerá no dia 29 de agosto, das 19h às 21h, no auditório da Escola. O evento contará com trabalhos inéditos de artistas de várias regiões do Brasil e dos EUA e Europa, desenvolvidos durante os encontros presenciais e virtuais. Participam da mostra: Denise Alves-Rodrigues, Eliane Terra, Felippe Schultz Mussel, Julio Santa Cecília, Leliene Rodrigues, Luísa Sequeira, Mary Fê, Marco Scarassatti e Sama.

SESSÃO DE VÍDEOS

Ajítẹnà Marco Scarassatti
Ajítẹnà Marco Scarassatti Ìbí eré alárà, ou numa tradução livre e poética do yorubá, o nascimento de uma criação sobrenatural, estaria no lugar daquilo que nos acostumamos a chamar de poética. Algo que na brincadeira, nasce como criação, ou transformação do ordinário em extraordinário. No meu caso, a partir da escuta dos sons percebo a forma, a imagem. Escolho para essa mostra, os trabalhos que tenho dividido com Luiz Pretti, artista que, a partir da imagem percebe o som, constroi a música.

Anestesia, filme-partitura
22'
Anestesia é um filme-partitura de Ajítẹnà Marco Scarassatti e Luiz Pretti, inspirados na obra de Walter Smetak, composta em 1971. Realizado durante a pandemia do COVID-19 Algumas das indicações gráficas de Anestesia original, se fundem aos contornos dos instrumentos musicais, aos corpos e gestos desses músicos na interpretação, conferindo movimento, som, simbolismo e visualidade à partitura original, para que também possa ser interpretada por outros grupos de músicos e artistas, em geral.
Concepção e direção musical: Ajítẹnà Marco Scarassatti
Direção fílmica: Luiz Pretti
Com músicos do conjunto de improvisação livre GILU da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Imagens em openFrameworks: Caio Campos
Mixagem e edição de som: Ajítẹnà Marco Scarassatti e João Viana
Edição de imagem: Luiz Pretti

Eliane Terra
Eliane Terra é arquiteta e artista visual, vive e trabalha entre o Brasil e Portugal. Explora conversas entre as imagens em camadas sobrepostas, e constrói experiências/narrativas visuais-sonoras: paisagens como territórios de “meta-morfose” e objetos como fragmentos de memória. Durante sua pesquisa de material - tanto do acervo do “arquivo universal” quanto de seu arquivo pessoal questões diversas surgem num jogo de atração-fricção.

derivando pelo caminho
5'42"
Um areal permanece na tela enquanto a ideia de floresta paradisíaca inunda nossos ouvidos. Cantos de pássaros do Brasil, acompanhados de uma narração ufanista, traz a força e beleza das matas e rios da nossa hipnose diária. Tudo está bem?

Dançar a Terra
8'22"
Caminhar sobre a Terra desenhando rituais, tecendo nosso estar em casa no mundo. A estória aproxima diversos toques de tambores ancestrais que entrelaçam cantos e danças, transcendendo supostas fronteiras. Assim, somos linguagem e oração, som em respiração, canto de um corpo que dança.

Felipe Mussel
Artista, diretor de som, realizador audiovisual e professor. É responsável pelo som de mais 40 filmes do cinema brasileiro, tendo recebido por três vezes o prêmio de Melhor Som no Festival de Brasília e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema do Rio. Já participou em mais de 20 festivais internacionais. É professor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, Doutorando em Estudos Contemporâneos das Artes e Mestre em Estudos do Cinema e Audiovisual, ambos pela UFF.

Espectro Restauración
2022
8'
De dentro do espectrograma sonoro de um incêndio no Pantanal, o filme evoca a frase “La naturaleza tiene derecho a la restauración”, trecho da Constituição do Equador de 2008 que, de forma pioneira no mundo, elevou a Natureza (Pacha Mama) a condição de sujeito titular de direitos legais iguais aos dos seres humanos.

Julio Santa Cecília
Julio é um músico, produtor e artista audiovisual que vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formado em produção musical, seu foco é a dimensão sonora das artes. Seus trabalhos apresentam uma visualidade e sonoridade do tempo suspenso. Sua paleta sonora transita entre o drone e o glitch, usando elementos e superfícies analógicas, loops de fita cassete, samples e sons sintetizados.

Ritornelo
2021
Vídeo em loop
Inspirado nos ensinamentos do Bardo Thodol (livro Tibetano dos Mortos), o trabalho é composto por vídeos, eventos sonoros e histórias. Um passeio onírico e surrealista por paisagens remotas que coexistem, subjetivamente, em suas memórias. A trilha sonora é composta de sons extraídos e manipulados do site Freesound e as imagens vêm de relatos dos parentes de pessoas falecidas, eternizadas nas imagens do banco de dados do Google Street View.

Leliene Rodrigues
Leliene Rodrigues vive e trabalha no Rio de Janeiro. Seus trabalhos transitam entre o vídeo, objeto, fotografia e instalações num jogo de sensações continuadas, onde o participante/espectador investiga aspectos da alteridade. A partir de histórias cotidianas, a artista propõe experiências onde as cenas se estruturam em narrativas quase documentais: momentos, acasos e situações que fazem parte da exuberância, finitude e mazelas da vida humana.

Êta vida!
16'96"
Cena 1: Numa cidade pequena, que poderia ser qualquer lugar, cavalos "pastam" no lixo como cachorros. Cena 2: Em meio ao anúncio de tempestade o urutau protege sua cria ao se mimetizar com a natureza. Cena 3: Uma pequena capela e sua crença bastam para sustentar o mito da Cruz da Moça , que se ficciona através de depoimentos.

Luísa Sequeira
Luísa Sequeira é cineasta, artista visual, investigadora e curadora de cinema. Com doutorado em Arte Mídia, explora as fronteiras entre o digital e o analógico. Trabalha com colagem, arquivo e cinema expandido. Entre os seus trabalhos destacam-se: "Quem é Bárbara Virgínia?", "Os Cravos e a Rocha", "Que Podem as Palavras", "Rosas de Maio" e "All Women Are Maria". Co-fundadora, com o artista Sama, da Oficina Imperfeita, em Portugal.

Limite
2021
1'20"
O vídeo explora a ideia de barreiras invisíveis que nos separam e nos definem, convidando à reflexão sobre os limites que estabelecemos na vida e na sociedade.

Mary Fê
Mary Fê nasceu no Rio de Janeiro e reside em Nova Iorque, desde 2012. A artista multi-plataforma dedica-se à pesquisa DIY (“do it yourself” ou “faça você mesmo”) para criar equipamentos usados em suas performances. Mary se interessa por design sonoro, música pop experimental, eletrônica em geral, teatro e movimento.

Meu Pequeno Terrorismo de Bolso
2010
7'59"
Performance urbana móvel, utilizando mini amplificadores, lanterna, mini sistemas de produção de som, Nintendo DS e transmissão via streaming ao vivo para a internet. A artista canta e toca sua canção “Meu Pequeno Terrorismo de Bolso”, invadindo locais públicos e privados.

Sama (aka Eduardo Filipe)
Sama é um artista brasileiro que vive e trabalha em Portugal. Produz desenho, pintura, escrita, colagem, performance, objeto, teatro, HQs e cinema experimental. Se interessa pelo impacto da cultura de massas na poética contemporânea. Publica livros e zines distribuídos no Brasil, França e Portugal. Junto com Luísa Sequeira, fundou a OFICINA IMPERFEITA.

Detective Ayahuasca
2021
9'58"
Relato investigativo de seu alter ego sob estado alterado de consciência. O texto narra visões, para estabelecer nexos entre a nossa condição existencial contemporânea, com vislumbres da ancestralidade integrada à natureza. Paisagem sonora de Guilherme Barros e imagens próprias e de Luísa Sequeira. O vídeo acompanha uma publicação com textos e HQs.

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